segunda-feira, 2 de julho de 2012

Post Repetido


Então, eu acho que as pessoas vão ficar de saco cheio de ler as mesmas coisas, mas enfim...

Lá vou eu dizer mais uma vez que fico muito puta da vida com os manés com os quais me meto.

Aí que eu tava super afim de tirar o atraso, porque, né, atraso de quase 8 meses é muito foda. Antes de virar abstêmia e ver minha membrana restituída de tanta paradeira nessa vida, fui eu dar uma de gaiata e sair com mais uma dessas figurinhas repetidas. 

Eu tinha mandado um torpedo coletivo prá uma galera chamando prá vir aqui em casa beber. Todo mundo duro na época, nada melhor que juntar todo mundo na varanda do apê, fazer uma vaquinha básica e tomar uns gorós arrotando dentro de casa. Daí que acabei chamado o tal também. Na boa, foi prá todo mundo mesmo, foi na lista o nome de um monte de gente.

Não respondeu. Foda-se, não fez falta. Mas eis que, 2 semanas depois, o pessoa manda torpedinho chamando prá sair. Tá vamos lá: solteira, sozinha, livre, desimpedida e ligeiramente precisada, eu não tinha porque recusar. Tá que ninguém escreveu em letras garrafais o que queria, mas vamos combinar: as coisas acontecem assim mesmo. Eu também não saí com o pensamento "hoje tem", mas ó: a gente sabe que pode rolar, é comum.

Eu fui, vi e ganhei a noite, né? Que papo vai, papo vem, o clima rola e a gente faz o quê? Faz o que Mariazinha fez atrás da cerquinha.

Muito bom, né? O gosto, o cheiro, a pele. Transar com quem a gente conhece e se dá bem é ótimo. Mas sabe o que é? Eu sempre detestei matemática. Daí que essa coisa toda de sair, transar sem compromisso, é muita matemática. A fórmula é simples: somam-se a transa e o cara e o resultado é: tesão de pequena duração, que acaba quando você entra no táxi de volta prá casa.

Olha, deixando muito claro: eu não espero que ninguém me ligue no dia seguinte, é isso mesmo que acontece. O que eu digo é que eu não gosto disso.

Aí vem a pergunta: por que é que faz então, porra??

Porque vida de gente solitária às vezes é que nem saco furado: você enche, enche, mas tá sempre vazio. E às vezes a gente tem aquelas necessidades, sabe? Então, o foda é que prá suprir a gente se submete a isso. Os momentos são deliciosos, mas o silêncio do depois é um insulto. Não proposital, não intencional, mas é um insulto. A desobrigação é uma ofensa, muito embora quem se presta ao papel de fazer sexo sem ter laços afetivos não devesse se queixar de não ter carinho. Sexo sem compromisso não tem o dever de oferecer carinho a seu ninguém. É prá matar a vontade. E mata! Sei lá, acho que eu reclamo disso como tem gente que reclama que comer pimenta é bom, mas arde a língua. É um prazer que tem seu preço, se quer, coma e não reclame.

Eu não tenho raiva de ninguém, não fico magoada com ninguém, é matematicamente certo que vou repetir uma, duas, três vezes, mas assim, equacionalmente incomodada com a situação, sigo solteira na Ilha...

sábado, 12 de maio de 2012

O que é isso?

Diz a velha filosofia de porta de banheiro de botequim que figurinha repetida não completa álbum. Pois bem, eu não contesto nem defendo esse diatados, mas putaquepariu, hoje percebi que é um tremendo desperdício de energia a gente investir em quem já veio, já passou e, se não fez diferença nenhuma na primeira vez, não tem porque fazer na segunda.

Daí que um digníssimo ex-qualquer coisa vira e mexe se engraça e convida prá um revival. Não sou contra essas coisas, acho que a gente tem mais é que se divertir, e se dá prá curtir um momentinho legal ao lado de alguém - especialmente quem já te conhece - você deve ir mesmo.

Tá, combinamos de sair hoje, depois de passar horas batendo papo via MSN. Fiquei de ligar prá pessoa num horário compatível com minha vidinha. Me organizei, botei Filhote na cama mais cedo, dpeois de ver filmnho com ele, arruemi cama antes, separei o vestido, mas daí na hora de ligar... Que bonito, a pessoa não atende o telefone!

Não bastasse, a pessoa entra no facebook, fica lá online e também não te responde.

Assim, cagada de urubu, eu sigo Solteira na Ilha...

domingo, 6 de maio de 2012

Que raiva!!!

Como todo castigo prá encalhado é pouco, essa fim de semana não foi diferente.

Um digníssimo socorrista que vira e mexe tá lá no serviço fez o que pôde desde o comecinho do ano prá me convencer a dar uma bola prá ele. Mexeu comigo, entrou numa discussão minha com um colega sobre peso ( e elogiou as formas fartas da bonita aqui que até desconfiei), comprou um milkshake de ovomaltine do Bob's - meu preferido - no dia em que me encontrou num shopping com o Filhote só prá agradar, telefonou, mandou torpedo, perseguiu, abordou no serviço, me deixando até sem jeito.

Até que a panaca cedeu...

Ele combinou de sairmos na sexta. Tá, eu tava muuuito afim, uma porque ando sozinha, outra porque o dia tinha sido exaustivo, e seria bom relaxar. E claro, vou confessar que o cara é um gato e eu não sou de ferro.

Mas...

O bonito não veio. Casa do cacete! Não veio, não ligou, não avisou. Isso porque tava muitíssimo interessado.

Aí, sabe o quê? Me trolar na minha TPM é foda. Aí eu, que não tenho sangue de barata (aquele bicho tem sangue?), não me aguentei e liguei. Desaforo! Juro que ia vociferar um balde prá cima do sujeito. Daí ele atendeu, falou "alô, alô" como se não estivesse ouvindo. Eu desliguei e liguei de novo. Claaaaro que ele não atendeu mais. 

Tá, eu não vou ter paciência com quem vier com a filosofia de que eu tenho que me valorizar, e que eu não devia ter ligado porra nenhuma. Sabe porquê, querido diário? Porque foda-se se eu não devia ter ligado, porque meu saco já anda muito do cheio de ter que me comportar assim ou assado, e também ando cheia de ser trolada. Então eu liguei meeeesmoooo. Porque minha paciência não é santa, oras!

Dane-se se o comportamento tem que ser este ou aquele. Eu fiquei muito puta mesmo. Mas, não tendo prá onde correr, não tendo um saco de areia pendurado no teto do quarto prá socar (a idéia até que é boa...), não me restou muita coisa prá fazer: tirei a roupa bonitona, o salto, a maquiagem (olhava no espelho e me perguntava onde guardei o nariz de palhaço...), vesti minha camisola sentindo uma raiva da porra, sentei na cama e chorei. É, chorei.

Aí vão falar que eu também não devia ter chorado... Pros infernos, eu chorei. Meu estômago doía adoidado, eu sentia tanta raiva que saía fumaça da cabeça. Então eu chorei. Chorei muito, chorei das 23 às 01:20h, quando a bateria do meu netbook acabou e a tv a cabo saiu do ar, não me restando muita coisa a não ser deitar e ir dormir. Passei um bom tempo com um colega no bate-papo do Facebook desabafando, praguejando, lendo ele falar aquela coisinha de sempre no mais puro estilo "ele não te merece, você é legal demais", etc e tal. Curioso: no final, um homem prá desabafar... Minha amiga Aba também conversou comigo, mas acho que a paciência dela esgotou, então sobrou o coleguinha. Irônico...

Não é uma tragédia, meu mundo não caiu, eu não vou sofrer até morrer por causa disso. Mas meu copo ando cheio, então muito pouco tá me fazendo esburrar (é, porque copo de capixaba esburra mesmo). Então eu vomitei minha raiva chorando. Tá bom, já passou,  agora resta ter que tolerar ver eventualmente a cara da peça rara lá no serviço sem bater. É, porque dá vontade de bater...

Ai, preciso de descanso. Assim,  de saco muito cheio, eu sigo Solteira na Ilha...

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Quem procura, acha!

Daí que eu não sei por que cargas d'água eu resolvi entrar no face de uma certa pessoa. E daí que eu vi que a certa pessoa tá de xaveco com uma outra certa pessoa, com direito a declarações e tudo. Daí que eu fiquei muito puta - sim, eu fico puta e confesso, não tenho porque fazer cara de paisagem - porque eu ouvi tanto de como eu era legal, bonita, e o c*&#%& a quatro, mas ninguém nunca se abalou de tornar público seu interesse. Não que se envergonhasse de mim, não, mas essas declarações, nunca.

Prá casa do cacete, meu caro! Tomara que você broxe feio na hora H.

Acho que o meu recalque me leva de volta à adolescência, quando a gente achava o máximo os caras que admitiam que gostavam da gente e as outras coleguinhas suspiravam. Acho que eu tô ficando uma velha muito da depressiva, chata e etc e tal.

Acho que eu preciso de ajuda profissional durante minha TPM!

Assim, recalcada, eu sigo Solteira na Ilha!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Sei lá.


Título da postagem: Sei lá! É, porque, tipo assim, eu sei lá do que vou chamar isso.

Daí que eu já até fui me benzer prá ver que diacho me acomete, né? Sim, porque uma pessoa prá atrair o que eu atraio, porra, deve ser uma urucubaca muito da bem feita.

Daí que um sujeito muito bem apessoado resolve vir me paquerar, engasguetou com a minha cara. Tá, eu deixo rolar, afinal, quem vaga solteira pela Ilha não se furta dum xaveco.

Tudo bem, rolam uns 40 dias de troca de torpedos, telefonemas, até um beijinho roubado, prá o capeta do homem ser casado! E olha que eu perguntei!! Eu conversei, eu expus meu ponto de vista, deixei bem claro que não queria me meter na história de ninguém, só viver minha vida.

Mas mulher é um bicho desconfiado, né? O bonitinho puxou assunto, se declarou, me interrogou (é, sei lá, acho que ele queria mesmo saber muito sobre mim prá poder sabe que sacanagem ia fazer), fez todo o ritual da paquera básica. Eu falei, eu perguntei, eu entrei no jogo. 

Daí que a peça chamou prá jantar. Daí que me deu um cano. E depois me deu outro ano, em outra ocasião. Mulher é bicho desconfiado...

Saí pesquisando, eu perguntei e descobri que o sujeito é casado pela segunda vez (!) e tem cinco filhos (!!!!!), sendo 3 no primeiro casamento. 

Quase caí prá trás. "Olha que bisca", diria minha mãe! 

Claro que vi a peça rara outras vezes (tá, trabalhamos na mesma área), claro que minha língua coçou e  falei mermo, que nem pobre na chuva depois da escova, falei pelos cotovelos, pelas sobrancelhas, pelos poros, putaquepariu, eu reclamei muito!

Ah, dá licença? Que direito a pessoa pensa que tem de vir cá onde a gente tá quieta, no nosso canto, fazer hora com a nossa cara? E eu ainda ouvi um feixe e um punhado de justificativas, de 'nãos', de 'sou separado' (gente, vamos combinar, eles precisam ser mais criativos...). Faltou pouco dobrar a esposa e guardar no bolso e enfiar os filhos de volta no saco.

Do que é que a gente chama isso?

Sei lá...

E assim, sem sequer saber como classificar o lance, eu sigo Solteira na Ilha...

Nota: esta não é a mesma pessoa de quem falei um tempinho atrás... Mas quem se importa?

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A Ofensa

Eu já cansei de fazer o mesmo discurso: eu sou uma mulher honesta, trabalho, sustento minha família, não chuto cachorro na rua, mantenho meu filho com o melhor que posso sendo uma mãe solteira. Não peço nada prá ninguém prá dar conta do que é meu.

Daí que hoje - pelo horário dá prá falar que foi ontem, mas isso são detalhes do fuso - saí com um cara de quem sou super afim - e ele SABE muito bem disso - e um amigo dele.

O amigo foi embora cedo, e o bonito de repente se apressou em falar que estava morrendo de dor de garganta e que por isso não esticaria a noite.

Tá, não é porque saiu comigo, ou eu com você (sim, tem diferença), que você tem obrigação de ficar comigo. Mas o que me matou foi a despedida...

Eu comentei que iria andando prá casa, porque os táxis da região costumam cobrar o dobro do valor da corrida (preço fixo) prá te levar. Eu acho desaforo, sei que eles fazem isto porque sabem todo mundo tem saído de táxi prá não ser pego em blitz. Daí me vem a pérola: o sujeito tira R$10,00 do bolso de fala: "toma, prá você pagar o táxi".

Oi?? Cuma?? Num rompante de cavalheirismo, o mínimo que eu esperava era que ele se oferecesse prá me acompanhar até minha casa, que nem era tão longe assim. Mas não. O cara me oferece dezreal prá pagar o táxi!!!

Porra, me ofendi, vim prá casa com os olhos marejados. Na hora, fiquei tão passada que nem respondi. Mas putz, cara! Eu não tava pedindo grana, eu posso arcar com minhas despesas. Como disse, ralo prá c*&%lho prá me manter, pagar todas as contas, dar uma vida digna pro Filhote. Eu não preciso que alguém venha me dar grana pro táxi!

Assim, ofendida pacas (é compreensível, vamos lá...) eu sigo Solteira na Ilha...


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Sina


Então... Há pouco mais de um ano tatuei no pé direito a frase "Pai e Mãe, Ouro de Mina", da música de Djavan, prá homenagear meus pais. Daí que eu devo mesmo carregar uma sina na minha vida, porque vou dizer...

Ontem fui ao cinema com meu filho de 7 anos. Daí que encontrei um colega que sempre vai ao meu local de trabalho, embora não trabalhe lá. E sempre que o danado chega, vem cheio de sorrisos, cheio de gracinhas e elogios. Dia desses se debulhou em gracejos prá moçoila aqui só porque entrou num bate-papo nosso sobre mulheres plus size (o que eu sou e f*da-se quem liga prá isso).

Tá que é muito bom, mas seria melhor se o bonito não fosse casado.

E eu devo ter ímã prá isso, porque não é o primeiro que se achega. Às vezes eles têm até a marca da aliança na mão, mas estão lá.

Eu não me furto de receber as cantadas, eu gosto, oras! Sou mulher, gosto de ser paquerada. Só que eu tenho um monte de draminhas nas idéias.

Tipo: será que os caras não se chegam só porque você é alguém diferente da pessoa com quem eles dormem há 10, 15 anos? Será que não é só porque é proibido? 

Segundo: eu tenho lá uma coisa dentro da cachola de achar que é sacanagem paquerar o cara que é comprometido porque eu não ia querer ser a infeliz que está lá em casa ou onde quer que seja acreditando no tal. Tá que paquerar não é nada, uma troca de olhares não configura traição, mas como uma coisa leva à outra...

E então outro pensamento - os meus pensamentos são como moradores de um cortiço, vizinhos próximos que ouvem o que se passa na parede ao lado e adoram se meter no assunto alheio - me bate que é o de levar adiante mesmo e ver qual é. A curtição é garantida, oras, paquera daqui, paquera dali, uma hora pode rolar algo mais. Que vai ser às escondidas, reservado. E, se tiver repeteco, não vai passar de um. 

Tenho uma amiga, caríssima, que não liga prá isso. e que, diferente de mim, tem uma visão mais racional da vida (tá, em sonho pacas, eu sei, mas fazer o quê?). Ela não romanceia nada feito eu, não se apega facilmente, não espera que o cara ligue no dia seguinte, não se importa se a mulher dele tá dormindo em casa acreditando que ele tá trabalhando enquanto ela (a amiga) e ele se esbaldam em algum motel.


Matutando, sigo solteira na Ilha...